A 3ª edição do Festival Gastronomia de Bordo vai decorrer entre os dias 23 de outubro e 22 de novembro em 21 restaurantes do município de Ílhavo.
Neste festival vai poder apreciar experiências gastronómicas relacionadas com o bacalhau e seus derivados. Este ano, o Gastronomia de Bordo de Ílhavo traz novidades face às duas primeiras edições: o aumento do número de restaurantes aderentes e o alargamento do período de realização do festival, que decorrerá durante um mês, apenas às sextas, sábados e domingos. O festival conta ainda com experiências gastronómicas individuas ou para duas pessoas e com a apresentação do livro de receitas ‘Gastronomia de Bordo’, editado pela autarquia com curadoria gastronómica da chef Patrícia Borges.
De acordo com o comunicado de imprensa redigido pela Câmara Municipal de Ílhavo, cada experiência gastronómica de bordo é composta por, no mínimo, três pratos de bacalhau e/ou seus derivados, sendo esta uma combinação de entradas e/ou pratos principais elaborados por cada um dos 21 restaurantes participantes. O objetivo é honrar “cozinheiros, pescadores e tradições de pesca do município, através da confeção ou da reinterpretação dos sabores da culinária praticada, ao longo dos tempos, a bordo dos grandes navios da pesca do bacalhau”.
Para além das propostas gastronómicas também será possível viajar pelo território para descobrir os locais emblemáticos das pescas e conhecer as tradições, crenças e até a inovação em torno dos pescadores, dos cozinheiros da pesca e das empresas de produção e de transformação alimentar e dos seus produtos. Esta programação complementar denominada “Sentidos do Mar” será divulgada em breve.
“FAINA MAIOR”: A HISTÓRIA DA PESCA DO BACALHAU
O município de Ílhavo tem uma longa história associada à pesca do bacalhau: a “Faina Maior”. Pescadores e marinheiros, ao longo dos tempos, viajaram em navios, primeiro à vela e depois a motor, até aos mares do norte, nas costas do Canadá e da Gronelândia para capturar, principalmente, o bacalhau-do-Atlântico (o Gadus Morhua), aquele que é considerado o verdadeiro bacalhau.
Nestas campanhas de pesca, que chegavam a demorar seis meses, os cozinheiros tentavam atenuar o cansaço e a saudades da família com comida reconfortante, como a chora: uma sopa preparada à base de cabeças de bacalhau. Também faziam parte do cardápio as feijoadas ou o feijão assado, o “pão da pana”, o “queque dos domingos”, entre outros pratos que incluíam as partes então consideradas “menos nobres” do bacalhau e também conhecidas como “derivados”: caras, línguas, samos, espinhas, entre outros. A culinária dos navios bacalhoeiros esteve sempre condicionada pelos meios disponíveis a bordo e as técnicas de conservação dos alimentos que, em cada época, era possível ter a bordo.
RESTAURANTES ADERENTES
Saiba aqui quais são os restaurantes aderentes.
Fonte da Foto: Câmara Municipal de Ílhavo
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