“Pedras que parem pedras”: fenómeno único no mundo para conhecer em Arouca

Litoral Magazine

18 Setembro, 2020

O fenómeno geológico das “Pedras Parideiras” é único no mundo. Já teve oportunidade de o ver? Rume até Arouca, mais precisamente à aldeia da Castanheira, na Serra da Freita.

Este geossítio é cada vez mais visitado por quem gosta de partir à descoberta de novos desafios. Afinal, porquê que está nas bocas do mundo? Contamos-lhe um pouco sobre a sua vertente geológica e, a seguir, como pode explorar esta aldeia para ficar a conhecê-lo.

De acordo com a Associação Geoparque Arouca (AGA), do ponto de vista geológico, esta rocha designa-se granito nodular da Castanheira e estende-se por uma área de cerca de 1 quilómetro quadrado. O granito é de cor clara e apresenta uma invulgar quantidade de nódulos negros de forma biconvexa. Por ação da erosão, os nódulos libertam-se e acumulam-se no solo, deixando no granito uma cavidade. É por isso que os habitantes da aldeia da Castanheira chamaram a esta rocha “Pedra Parideira”, por ser “a pedra que pare pedra”. Estes nódulos apresentam dimensões que variam entre 1 e 12 centímetros de diâmetro e apontam para idades entre 310 e 320 milhões de anos. Portanto, caso visite esta aldeia estará num geossítio com características únicas no mundo.

Em virtude deste geossítio, surgiu a Casa das Pedras Parideiras – Centro de Interpretação. É aqui que pode saber tudo acerca deste fenómeno. Ao entrar nesta infraestrutura, existe a receção, uma loja com produtos locais e um passadiço em torno do afloramento granítico, no qual pode observar, de forma gratuita, esta maravilha da natureza.

No rés do chão da casa fica o auditório, In loco pode assistir ao documentário “Pedras Parideiras: um tesouro geológico” em 3D e observar, com alguma surpresa, paredes com o afloramento rochoso. Ademais, ainda existem visitas turísticas e educativas a este espaço.