No passado mês de Fevereiro, a Câmara Municipal de Aveiro abriu um Concurso Público de Ideias para a elaboração do Estudo Urbanístico da zona da Antiga Lota de Aveiro.
Esta área, com cerca de 10 hectares junto à ria e a poucos metros do centro da cidade, pertence à Administração do Porto de Aveiro e pode, brevemente, passar para as mãos da Câmara, estando o Presidente da CMA, Ribau Esteves, em negociações com a administração, assim como com o novo ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Este concurso tinha por objetivo “valorizar a imagem urbana dos terrenos da antiga Lota de Aveiro, como promover as vivências urbanas, apostando na diversidade de funções, numa perspetiva de gerar um espaço dinâmico, com forte cariz cultural, com espaço de relevo para os desportos náuticos e a náutica de recreio, tudo alicerçado numa aposta de sustentabilidade ao nível ambiental, social e económico.”, segundo afirma o Município.
Os trabalhos estiveram expostos no Centro de Congressos no início do mês de Fevereiro e foram conhecidos os vencedores do concurso neste mês de Março, sendo que o primeiro lugar receberia 50 mil euros, enquanto o segundo e o terceiro classificados, dez e cinco mil euros, respetivamente.
Todos os cidadãos que visitassem a exposição poderiam enviar as suas ideias para o email do próprio presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves.
O vencedor do Concurso foi o gabinete de arquitetos “doisarquitectos Atelier de Arquitectura”, de Nuno Costa e Cátia Alexandre, com a proposta de “Parque Urbano das Marinhas”.
Os mesmos afirmam que tratando-se de uma “área nobre da sua própria cidade, procurámos defender a visão de residentes com uma exploração de um conceito que permite o funcionamento da área como ponto de encontro, área comercial, residencial e hoteleira e espaço de lazer onde será possível encontrar espaço para ancoradouro náutico.”.
Das propostas a concurso, esta teve particular atenção em ouvir e se inteirar das necessidades inerentes aos desportos náuticos para elaborar um projecto com real preocupação pela comunidade.
O projeto vencedor inclui 15.400 metros quadrados e outros oito mil para um hotel. O edifício da lota, atualmente devoluto, será remodelado e ampliado e ocupará 2.250 metros quadrados, ficando destinado à venda de produtos locais, a comércio e restauração. Para as associações náuticas e culturais serão construídos armazéns de seis mil metros quadrados e o Living Places Lab, um equipamento vocacionado para a interpretação ambiental e a investigação, terá 2.350 metros quadrados. A zona de parque urbano propriamente dita, um espaço «agregador e polivalente», segundo o arquiteto Miguel Melo, será dotada com 22.500 metros quadrados.
Ribau Esteves garante que logo que a zona seja entregue à Câmara irá “imediatamente lançar uma ‘mega operação’ de limpeza profunda, demolições, etc.”. e adiantou aos meios de comunicação que “a proposta vencedora não terá de ser aplicada pela Câmara, mas que poderá servir de base ao “desenho” previsto para o local, não excluindo a possibilidade de aproveitar soluções apresentadas por outros candidatos.”
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