A banda aveirense Siricaia, composta por Susie Filipe e Vitor Hugo, lança o seu primeiro álbum “Família Fandango” a 19 de março, estando o vinil e o livro já disponíveis para pré-reserva. Em entrevista à Litoral Magazine, a banda revela o desejo de “levar esta família a várias cidades do nosso país”.
Susie Filipe (percussão e voz) e Vítor Hugo (guitarra e voz), também membros da banda Moonshiners, criaram o projeto Siricaia em 2019, que explora diversas influências artísticas, “parando de porto em porto, à procura de novas respostas para questões antigas”.
-Como conciliam o projeto Siricaia e Moonshiners?
-Em Moonshiners, todos temos projetos paralelos, que vão de encontro aos gostos pessoais de cada um, por isso, é relativamente fácil conciliar os dois projetos. Trabalhamos constantemente com as agendas abertas e partilhadas para tentarmos abraçar o máximo de trabalho possível, tanto com Siricaia como com Moonshiners.
-Como nasceu o projeto Siricaia e por quem é constituído?
-Siricaia surgem em 2019 e são um duo aveirense constituído por Susie Filipe (percussão e voz) e Vítor Hugo (voz e guitarra). Mistura de ingredientes de diversas latitudes, a música dos Siricaia é uma viagem de volta às raízes, a bordo de sonoridades contemporâneas. Dos ritmos tradicionais portugueses até ao Jungle Swing, através de guitarras elétricas travestidas de cavaquinho, os Siricaia andam ao sabor das suas influências artísticas, parando de porto em porto, à procura de novas respostas para questões antigas.
-Qual foi a inspiração do álbum “Família Fandango”?
-“FAMÍLIA FANDANGO” é o nome do nosso 1º álbum, que retrata através da música, pintura, literatura e vídeo, a vida de um seio familiar tipicamente português, ao longo de 4 gerações. Com data de lançamento marcada para 19 de Março, em formato vinil + livro, este trabalho recorda o passado, descreve o presente e vislumbra o futuro de Portugal, cantando a árvore genealógica de um seio familiar, inspirado nas nossas próprias famílias. Para além dos instrumentos que ambos tocamos, em “Família Fandango” desfilam instrumentos do imaginário nacional, como o cavaquinho, a concertina, caixas portuguesas, bombos tradicionais, etc. Com recurso a uma forte componente imagética, “Família Fandango” envolve 18 artistas portugueses de vários quadrantes artísticos e propõe novas formas de olharmos para a identidade das famílias portuguesas.
-É evidente que o mundo das artes e dos espetáculos é um dos mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia. De que forma a banda tenta contornar a situação e consegue “sobreviver”?
-Não tem sido fácil sobreviver à pandemia mantendo uma atitude positiva, já que
todos nos sentimos ameaçados e confusos, sem saber o que nos espera. Pensamos
que faz parte da condição humana estarmos sempre à prova, e por isso, talvez
devamos encarar esta nova fase com calma e tolerância, ainda que seja difícil, especialmente na nossa área, altamente lesada em termos profissionais. Para 2020, tínhamos programado a gravação deste nosso 1º disco, “Família Fandango”, e por isso, investimos todo o nosso tempo no trabalho de estúdio, gravações e misturas, em conjunto com o produtor Quiné Teles. Paralelamente, em conjunto com a nossa agência LAZARUS, temos estado a preparar o lançamento e a digressão deste álbum, que se iniciará a 10 de abril deste ano. Serão certamente tempos difíceis os que se avizinham, mas também de novas rotas, ciclos e direções. Esperamos, de qualquer maneira, conseguir levar esta família a várias cidades do nosso país.
-A banda já tem mais algum projeto em mente?
-Para já, mantemo-nos inteiramente focados na preparação da digressão de apresentação da Família Fandango. Em breve, partilharemos convosco, nas nossas redes sociais, as cidades e respetivas salas por onde iremos passar na companhia desta família.
Fonte da foto: João Roldão
Facebook
Instagram
YouTube
RSS