O passadiço sobre as escarpas do rio Paiva, em Arouca, reabre ao público a 13 de fevereiro com a afluência limitada a 3500 visitantes diários. As entradas passam a custar um euro.
A estrutura de oito quilómetros inaugurada em junho de 2015 rapidamente se tornou uma atração turística da região, pela sua paisagem natural ao longo das margens do rio e através de áreas até então intocadas, mas cerca de 600 metros desse percurso foram em setembro destruídos num incêndio, o que obrigou à evacuação dos visitantes que ali se encontravam.
A estrutura de oito quilómetros inaugurada em junho de 2015 rapidamente se tornou uma atração turística da região, pela sua paisagem natural ao longo das margens do rio e através de áreas até então intocadas, mas cerca de 600 metros desse percurso foram em setembro destruídos num incêndio, o que obrigou à evacuação dos visitantes que ali se encontravam.
Para evitar que circunstâncias idênticas se possam repetir em momentos de maior afluência e complicar operações de socorro, a autarquia decidiu impor um limite de acessos à estrutura. Esses acessos serão controlados “através de uma plataforma ‘online’ que será oficialmente lançada a 1 de fevereiro”, disse à Lusa o presidente da Câmara, José Artur Neves.
Um quilómetro de passadiço manter-se-á de acesso livre, mas, para apreciação do percurso integral, os interessados terão que solicitar o seu direito de entrada através da Internet e depois apresentar o comprovativo dessa reserva aos funcionários que, nas três entradas do percurso, passarão a verificar os respetivos dados.
Com esse procedimento, a autarquia criou assim seis novos postos de trabalho, cujos honorários serão suportados por uma receita de bilheteira que o autarca espera vir a refletir os mesmos níveis de elevada afluência registados enquanto o acesso ao local era gratuito.
“Um euro é uma quantia irrisória, até a avaliar pela pressão que temos sentido por parte das unidades hoteleiras e das agências de turismo, com as pessoas sempre a perguntarem quando é que reabrimos o passadiço”, defende José Artur Neves. “E os cidadãos de Arouca terão um cartão de acesso gratuito ao local, para irem lá as vezes que quiserem”, acrescenta, embora referindo que a emissão do documento também terá um custo.
Outra novidade a ultimar para a reabertura é a transformação operada na zona que até aqui era apontada como a menos apelativa do passeio, por se afastar das margens do Paiva e obrigar a uma subida íngreme em terra batida, através do pinhal.
“A escadaria que começa na ponte de Alvarenga, no extremo próximo da praia do Areinho, não tinha continuidade quando chegava a essa parte”, recorda o presidente da Câmara. “Mas agora esse terreno é nosso e fizemos lá mais 200 metros de degraus, o que resulta numa escadaria ainda mais imponente do que a que já lá estava”, afirma.
Outra mais-valia desse troço é que permitirá aos visitantes observarem “um sobreiral muito antigo”, onde as árvores “conseguiram fixar raiz entre as pedras e cresceram no meio da rocha”, revelando o que José Artur Neves classifica como “uma resistência extraordinária”.
Além da recuperação do troço destruído pelo fogo e da implementação do sistema de controlo de acessos, a intervenção que a Câmara de Arouca vem realizando no passadiço do Paiva desde setembro incluiu também a aquisição do terreno junto à ponte de Alvarenga e a criação de instalações sanitárias na Praia do Vau. O investimento da autarquia nesses trabalhos estima-se na ordem dos 124 mil euros.
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