O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, lançou cinco concursos para a escolha de criações para a edição de 2021, que marcará os 20 anos do evento.
O festival, lançado em 2001 com carácter anual, não pôde ser realizado em 2020 devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia Covid-19, no passado mês de maio. Apostando numa celebração especial, a autarquia incentiva a criação a artística com cinco “calls” públicas para projetos locais, nacionais e internacionais.
O vereador da Cultura, Gil Ferreira, em conversa com a Lusa, explicou que a edição de 2021, com o tema “O Mito e a Marca, “será marcada pela transição verde e digital”. Serão propostas produções em formato misto, ajustando-se a qualquer contexto social que venha a ser determinado pela situação epidemiológica do momento, através de apresentações presenciais com conteúdos digitais.
Um dos cinco concursos de criação artística, com candidaturas abertas até 31 de dezembro, é o relativo à secção do festival designada “Mais Imaginarius”, dirigida a artistas emergentes portugueses ou estrangeiros, mas agora focada em “projetos que possam ser apresentados com recursos a meios e plataformas digitais”. Há lugar para cinco propostas e cada uma receberá uma bolsa de apoio no valor de 1.300 euros.
Uma novidade do evento é a abertura de uma “call” especifica sobre Artes Digitais, que permite a promoção de trabalhos na área das novas tecnologias de informação e comunicação, do audiovisual e da multimédia. Serão escolhidas duas criações a premiar com bolsas de 2.000 euros.
A chamada sobre Arte Urbana é também uma novidade e concentra-se num ponto especial: a comemoração dos 100 anos dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira. O objetivo desse concurso será o de encontrar o melhor projeto para a criação de um mural “que perpetue a identidade e a memória da corporação, bem como a sua ligação ao território através da cultura e da comunidade”, afirmou o vereador da Cultura. O projeto vencedor será apoiado com 2.000 euros e estão reservadas duas bolsas de 200 euros para menções honrosas.
Na tradicional chamada para criadores locais, que se destina concretamente a associações, companhias e artistas autónomos do município da Feira, está prevista a seleção de dois projetos para o festival e 4.000 euros de prémio a cada um deles.
A última “call” a fechar a 31 de dezembro diz respeito ao cinema documental e pretende identificar um realizador português ou estrangeiro que assine um filme sobre o percurso de duas décadas do festival como “referência das artes de rua em Portugal e na Europa”.
Gil Ferreira sublinha ainda que deverá ser captada a ligação do evento à comunidade local, pelo papel vital que essa desempenhou no desenvolvimento e afirmação do festival, editando uma obra que constitua “um acervo de memórias futuras do território, do tecido artístico e da população da Feira”. O documentário será estreado na edição de 2021 e será apoiado com 10.000 euros.
Fonte da foto: Imaginarius
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