A eleição de melhor intérprete no Festival de Ópera Armel, na Hungria, já está a criar oportunidades profissionais, ao barítono ilhavense Ricardo Panela, de acordo com a Lusa.
“Já surgiram propostas de trabalho interessantes por ter ganhado este prémio”, adiantou, em declarações à Lusa.
Ricardo Panela, que vive e trabalha no Reino Unido, teve de superar cerca de 300 outros concorrentes na primeira fase do concurso, em Paris, no ano passado, o que lhe garantiu o papel de Leporello da ópera “Don Giovanni”, de Mozart, em apresentações no Equador e em Budapeste, durante os meses de junho e julho deste ano.
“Ao contrário de outros concursos de canto, onde os participantes se apresentam em formato ‘concerto’, este concurso atribui um prémio inicial que é o próprio papel em apresentações remuneradas”, explicou.
Foi a primeira vez que a ópera de Mozart, uma das mais conhecidas e representadas no mundo, foi apresentada no Equador, graças à coprodução entre a Fundação MusartEH e o Festival Armel.
A apresentação na capital húngara, no sábado, foi gravada e transmitida em direto para o mundo inteiro, pelo canal de televisão Arte TV.
A fase final foi a apresentação no Festival de Ópera Armel, onde os intérpretes que venceram os papéis foram avaliados por um júri internacional, tendo sido atribuídos os prémios de Melhor Intérprete nas categorias de soprano, tenor e barítono, de acordo com a qualidade do canto, representação e performance.
“Um dos aspetos com mais impacto para mim foi mesmo a possibilidade de o meu trabalho ter tido uma visibilidade tão grande ao ser transmitido em direto por um dos canais de televisão europeus mais importantes, em termos de música clássica”, confiou o barítono português.
Para este ano tem programada a participação na estreia de “O Fantasma da Ópera”, em Portugal, em outubro, no Porto, e em novembro em Lisboa, assim como a gravação de um álbum de canções de Kurt Weill, com o pianista Nuno Vieira de Almeida.
A voz de Ricardo Panela
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