
A edição deste ano decorreu entre os dias 12 e 16 de julho e iniciou o processo de Aveiro rumo à candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.
Identidade, personalidade e singularidade caracterizam o Festival que está a criar uma base sólida para, a médio prazo, se afirmar como um dos melhores do país. O Festival dos Canais não se quer impor ou fazer frente a nenhum outro, até porque, as suas características o tornam único em Portugal. Grande parte da “culpa” será pela identidade do evento, desenhada de acordo com a da cidade que o acolhe. Aveiro tem características únicas que a tornam singular no país e no mundo. Os canais urbanos da ria são os grandes anfitriões e a Câmara Municipal, em parceria com duas dezenas de associações locais, organizam o evento, que gratuitamente oferece aos aveirenses e a quem o visita, espetáculos de música, teatro de rua, desporto e intervenção no espaço público.
Este ano, o Festival dos Canais fez a sua segunda edição e não é novidade para ninguém que foi muito maior e melhor que a primeira. Os momentos mais marcantes foram os três projetos apresentados pela companhia alemã de teatro de rua “Grotest Maru”: ”Timebank”, “Moth” e “Mura” – que mobilizaram e fizeram parar a cidade. A companhia apresentou espetáculos que impressionaram o público, desde escalar um edifício, no coração de Aveiro, até uma espécie de peregrinação (inspirada nas de Santiago de Compostela) pelos seus canais e artérias. Este último, que teve início na zona histórica e terminou na zona mais jovem da cidade, contou com o envolvimento massivo da comunidade.
Cinco dias de festa
Foram dias de festa onde houve de tudo um pouco: performances, teatro, dança, coros, orquestras, linha de bateristas, um espetáculo cénico belíssimo que coloriu Aveiro durante mais de duas horas. Também a destacar estiveram os “Gandini Juggling”, umas das maiores companhias internacionais de circo contemporâneo, que apresentou o espetáculo “8 Songs”, onde juntou de forma soberba clássicos de Rock and Roll com malabarismo.
Não podemos esquecer os artistas locais e nacionais que ajudaram à dinamização e à afluência do público. Destacamos o fado contemporâneo de Ana Moura, o funk de Pedro Abrunhosa, o hip hop de Jimmy P e o reggae de Richie Campbell.
Um festival transversal, sem limite de idades e aberto a todos, que funcionou pela aceitação e adesão dos aveirenses e turistas. Todos juntos – sozinhos, em família ou entre amigos, aveirenses, ou de outro ponto do país ou do mundo – criaram uma massa unificadora que fez do Festival dos Canais um sucesso inquestionável.
A afluência foi diária, de manhã à noite, e Aveiro, durante cinco dias, andou literalmente em festa.
Fonte da Foto: Imagem cedida por Câmara Municipal de Aveiro
Litoral Magazine Edição nº 57 Agosto 2017
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