A edição deste ano do Festival dos Canais deu vida à cidade e invadiu as ruas com música, arte, instalações e performances.
Ouviram-se risos, aplausos e um frenesi que tomou conta da cidade ao longo de cinco dias. A terceira edição do Festival dos Canais já conquistou aveirenses e turistas, cativados por uma programação cultural que envolveu mais de 350 artistas provenientes de 13 países. E, ao que se sabe, este ano, mais diversificada, intensa e eclética. Uma aposta iniciada em 2016 pelo município de Aveiro, que “está no bom caminho”, segundo o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, “pela participação de milhares de munícipes” que celebraram a cidade, e por outros tantos “que trocaram os seus territórios pelo nosso, numa comunhão de apreço pela criatividade e pelo engenho das artes em espaço público”. E reforça, “estão criadas as condições para que o Festival dos Canais se transforme num evento de referência a nível nacional e europeu, no âmbito da candidatura a Aveiro Capital da Cultura 2017”.
Os dias solarengos das tardes de julho e as noites amenas de um verão tímido que tardou a aparecer, ajudaram a que o público se rendesse aos mais de 200 espetáculos gratuitos que decorreram nas várias praças e espaços públicos da cidade. Circo contemporâneo, workshops, artes de rua, instalações, DJs e concertos de artistas de renome como Salvador Sobral ou António Zambujo, ficaram na memória dos aveirenses e visitantes. Mas não só, na lembrança ficou também o pedido de namoro em palco durante o concerto de Carolina Deslandes e sob as centenas de olhares do público que testemunharam a união.
As ruas encheram-se de gente, alegria e cor, numa experiência coletiva de cultura partilhada e de vivência em comunidade. A grande surpresa foi a chegada de um convidado muito especial: um dinossauro gigante trazido pela companhia francesa Plasticiens Volants. A performance “Um Novo Começo” aconteceu nas margens da ria junto aos Cais da Fonte Nova e deixou todos de boca aberta. Quem fez rir foi o palhaço chileno Murmuyo, com os espetáculos de rua “Su-Seso Taladro” e “Fisura”, onde as palavras foram substituídas por gestos e expressões e o público foi levado a participar. A rua serviu ainda como estendal de roupa para “ENTR(EUX)”, performance produzida pela francesa Malaxe Cie. À noite e pelas ruas passeou Dundu, uma marioneta iluminada que tem encantado espectadores por todo o mundo, e que embora grande em tamanho conquista com a sua gentileza. Na cidade estavam ainda espalhadas instalações e enormes esculturas flutuantes, como um polvo gigante no Edifício Fernando Távora ou uma estrela do mar na Capitania. A Sala de Estar, na Praça da República e a Funky Beach do Jardim de Santa Joana – dois espaços concebidos para relaxar e para o encontro entre público e artistas – receberam concertos e DJs.
A edição de 2019 acontece de 10 a 14 de julho e irá contribuir, segundo o responsável do evento José Pina, para “reforçar esse caminho que temos vindo a construir, para afirmar um dos maiores e melhores festivais da Europa nesse género”. O diretor do Teatro Aveirense adianta que na 4ª edição, “iremos continuar a apostar nas artes em espaço público, no circo contemporâneo, nas instalações e na multimédia, como áreas prioritárias”, sendo que “a música em novos formatos” irá servir “como eixo transversal” a tudo o que se desenrolará na cidade.
Fonte da Foto: Edição nº61 Agosto 2018
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