Estaleiros navais da Ria Marine vão ser recuperados pela Neptune

A Neptune, empresa de construção e reparação naval, garante a concessão das antigas instalações da Ria Marine por um período de 20 anos.

Ao abrigo de uma concessão do espaço, por parte do Porto de Aveiro, por um período de 20 anos, a Neptune encontra-se a recuperar as antigas instalações dos estaleiros da Ria Marine, num projeto que implica um investimento de três milhões de euros, que servirá para a expansão da atividade da empresa, criada em 2017 com estaleiro no Terminal Sul da estrutura portuária local.

Os armazéns totalmente abandonados, na sequência da falência da Ria Marine há vários anos, estão a ser totalmente recuperados, num trabalho iniciado em julho do ano passado e que se prolongará até abril deste ano. Nessa data, a Neptune irá transferir as suas operações de construção e reparação para as novas instalações.

A concessão destes terrenos portuários incide em perto de 2.5 hectares, com uma área total de edificação de 4.000 metros quadrados. As novas instalações permitirão fazer crescer a atividade da companhia, que funciona atualmente num espaço de apenas 700 metros, demasiado pequenos para as solicitações, explicou o fundador e diretor-geral Jorge Martins, acrescentando que “estão a perder algumas oportunidades de negócio”.

Na futura oficina naval será criada uma das maiores estufas de pintura da Europa, uma doca seca e dois meios de elevação com capacidade para 40 e 80 toneladas, explicou o responsável.

Com o projeto, a empresa que se dedica à construção da própria marca e a única em Portugal que se dedica à renovação de embarcações já existentes, o chamado Refit, deverá passar dos atuais 8 empregados para cerca de 20.

O investimento foi acolhido de braços abertos pelo Porto de Aveiro, que vê no projeto a oportunidade de reforçar o dinamismo económico associado à atividade portuária e também de dar uso a terrenos sob alçada de administração portuária atualmente sem utilização. Fátima Alves, presidente do Concelho de Administração do Porto de Aveiro, afirma que a construção naval e a náutica de recreio são setores a que o Porto gostaria de dar mais fôlego.

Fonte da foto: Olhares