O retrato da sociedade atual mostra-nos pessoas cheias de pressa, que se deslocam maioritariamente de carro, mesmo para curtas distâncias. O comodismo faz com que percorrer a pé apenas 400 metros seja uma dor de cabeça.
O stress diário, aliado a uma alimentação pobre em nutrientes e cada vez mais processada, leva a que as doenças hipocinéticas – provocadas pela falta de movimento ou pelo sedentarismo – proliferem a um ritmo alucinante. A ausência de tempo livre provocada pela vida moderna, leva a que as pessoas deixem de ter tempo para cuidarem da sua saúde.
No último European Health & Fitness que decorreu este ano em Colónia, na Alemanha, os estudos apresentados estão em linha com aquilo que defendo e que tenho vindo a aplicar nos meus atletas: combater a falta de tempo e de motivação como principais motivos para o absentismo da atividade desportiva.
O treino intervalado de alta intensidade, também conhecido por HIIT (High Intensity Interval Training) ganha cada vez mais importância nas novas metodologias do fitness. Na minha opinião, os protocolos que dão mais garantias de sucesso são: o Tabata (criado no Japão, este protocolo de treino em 4 minutos tem um grau de exigência elevado, no qual cada exercício é realizado durante 20 segundos, sendo o descanso entre eles de apenas 10 segundos) e o bh 24 min (que consiste em 10 semanas de treino, 3 dias por semana, durante 24 minutos, 12 minutos de cardio e 12 minutos de fortalecimento muscular).
O treinos que eu idealizo para cada atleta não ultrapassam mais do que 45 minutos, sendo sempre seguidos os princípios da sobrecarga, especificidade e individualidade. Os treinos são desenhados individualmente e apesar da diversidade de objetivos, existem dois pontos em comum: a intensidade e a motivação. Estes ingredientes levam ao sucesso e a uma melhoria significativa da qualidade de vida das pessoas, com efeitos benéficos para a sua saúde física e mental.
Os treinos iniciam com um aquecimento de cerca de 10 minutos, que tem como principal objetivo preparar todas as estruturas músculo-esqueléticas e osteoarticulares para a fase principal do treino. Após o aquecimento, segue-se um circuito funcional, onde predominam os motivos funcionais e poliarticulares. A intensidade das séries é muito alta, o que significa que os tempos de exercício rondam os 20 a 30 segundos e os de recuperação 10 a 20 segundos. Os exercícios são combinados num circuito motivante e desafiante, de modo a que os atletas tentem sempre superar os objetivos propostos. Após a fase principal do treino, realiza-se um retorno à calma, com o objetivo de preparar a sessão seguinte.
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