A iniciativa é da União Europeia e visa promover a diversidade cultural de uma ou mais cidades da Europa, permitindo que cada uma possa partilhar a sua essência cultural.
O projeto teve início em 1985, tendo sido Atenas a primeira cidade nomeada Capital Europeia da Cultura. Portugal já foi representado por Lisboa (1994), Porto (2001) e Guimarães (2012). Em 2027 uma cidade portuguesa voltará a abrir as suas portas à Europa, juntamente com uma cidade letã. As cidades de Aveiro, Braga, Caldas da Rainha, Cascais, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Oeiras, Viana do Castelo e Viseu já manifestaram interesse na candidatura. Com este tipo de iniciativas verifica-se um aumento do fluxo de turistas, assim como o mediatismo internacional.
O apoio financeiro cedido permite financiar diversas ações culturais que enaltecem o património da região. A Casa da Música (Porto) e a Plataforma das Artes e da Criatividade (Guimarães) são exemplo do que prevalece desde que estas cidades foram Capitais Europeias da Cultura.
OPINIÃO
Um olhar atento sobre o que a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura poderá proporcionar à região.
Miguel Capão Filipe, Médico, Vereador e Ex-presidente da Assembleia Municipal de Aveiro
Esta candidatura , só por si, será sempre um notável ganho de capacitação de Aveiro e da sua vida Cultural e Criativa, numa convocatória que se pretende participada e com o envolvimento de todos. O reforço das competências da Cultura e as suas ligações a outros setores como o turismo, ciência ou a tecnologia, a internacionalização, o aumento da autoestima e da notoriedade da marca Aveiro, colocará a Cultura no centro da vida urbana, seja social, educativa, económica ou ambiental.
Lembramos que a Cultura, como um todo, é recepcionada em Aveiro cidade-região como um fator decisivo da competitividade e desenvolvimento do século XXI. A Grande Aveiro é já hoje um dos motores culturais e criativos nacionais a partir deste nosso Noroeste Atlântico de Portugal.
Vasco Sacramento, Produtor Artístico
A afirmação de uma cidade faz-se cada vez mais no campo do intangível. O betão armado está a ser substituído por outros factores de atractividade que congregam as pessoas à volta de uma determinada urbe. Nesse sentido, é cada vez mais a Arte, o Pensamento e a Cultura que funcionam como força motriz do desenvolvimento económico, da criação de emprego e da dinamização turística.
Com esta candidatura a capital europeia da cultura, Aveiro tem nova oportunidade de se confirmar como uma cidade aberta e cosmopolita, ao mesmo tempo que reflecte sobre o seu tecido cultural e como se quer posicionar estrategicamente para as próximas décadas. Saibamos aproveitar esta candidatura para nos conhecermos melhor. Para descobrirmos que cidade queremos ser. E também para requalificar as nossas infraestruturas culturais. Essas serão sempre, independentemente do resultado final, as nossas maiores vitórias e que perdurarão muito para lá do que vier a acontecer em 2027.
Cristina Durães, Diretora Hoteleira
Seria indescritível obtermos a vitória! Se olharmos para a história, para o património, a atividade cultural e científica, acho que temos excelentes condições de sermos bem-sucedidos. É uma excelente oportunidade de promoção internacional, fundamental para desenvolver e fortalecer o turismo para Aveiro.
É louvável o envolvimento da nossa Câmara, ao preparar um plano estratégico valorizando os recursos; desde o edificado, a arte nova, a arquitetura contemporânea, o património azulejar, o religioso, documental, etnográfico, o científico, a ria de Aveiro, o eco Museu e a arte pública, não esquecendo os Ovos Moles, as festas pagãs como o S. Gonçalinho, o Festival dos Canais, a Feira de Março; toda uma tradição que reflete as nossas gentes, que com certeza se vão sentir muito envolvidas. Seria fantástico que a candidatura de Aveiro fosse a melhor!
Artur Varum, Promotor Imobiliário/Turístico
A candidatura por si só de Aveiro a Capital Europeia da Cultura 2027 pode revolucionar e alavancar a cidade para outros índices de procura e reconhecimento. Existia uma Guimarães antes de ser Capital Europeia da Cultura e agora existe outra Guimarães depois de ter sido Capital Europeia da Cultura, outra Guimarães para melhor, com mais cultura, mais dinâmica, melhor organizada e mais procurada.
Esta candidatura define uma cidade não acomodada, que quer ser e ter mais. Este deve ser um processo de união, de procura conjunta, no qual todos os players devem dar o seu melhor em prol do objetivo comum. Se o objetivo for alcançado Aveiro vai ganhar.
Sérgio Ribau Esteves, Chanceler Mor da Confraria dos Ovos Moles de Aveiro 2014/2018
A doce candidatura de Aveiro a esse notável evento cultural europeu, é a mais romântica expressão que exorta a riqueza histórica da comunidade. É o desejado manifesto ao dinamismo da região. É o reconhecimento do passado cuidando da cultura futura que se deseja inovadora e criativa, abrindo novos horizontes.
Desde a primeira edição, em Atenas, que esta iniciativa é potenciadora da reanimação cultural, do desenvolvimento de um turismo diferenciador, de uma consciência coletiva que não apenas local, mas ampla, dada a sua abrangência internacional. Este singular desígnio lançado pela Câmara Municipal de Aveiro, será certamente um objetivo comum. Juntos concorremos para um feito que enaltece o coletivo bem acima do individual.
A Confraria dos Ovos Moles de Aveiro, movida pelos seus “sagrados corações”, vai contribuindo com inúmeras atividades e símbolos desenvolvidos em prol da valorização das nossas gentes e costumes, dos quais o Monumento aos Ovos Moles de Aveiro é o seu expoente máximo.
Este movimento de candidatura tem de ser agregador, agitador de consciências, empreendedor na reabilitação urbana, embrião de novos espaços, novas centralidades, novas atividades artísticas, garantindo um desenvolvimento nada efémero. Vamos então a esse doce desígnio.
Ricardo Vieira de Melo, Arquiteto
Independentemente do resultado da escolha da Capital da Cultura de 2027, Aveiro e a região têm, até 2021 – ano da candidatura, de se organizar para definir estratégias e prioridades que promovam e qualifiquem a região de modo diferenciador – pela paisagem, pelo espaço público, pelos transportes, pela saúde
e pelos bens e atividades culturais.
A cultura não é apenas um bem de consumo, a cultura produz-se também como ‘instrumento para a felicidade’. Para isso Aveiro tem de transformar o seu potencial em energia verdadeira que permita fixar e captar população, investimento e qualidade de vida. Nesse sentido há toda uma ‘cidade’ por fazer. Agregar, equilibrar e inovar são verbos fundamentais para o futuro sustentado da região. Agregar para otimizar sinergias locais em favor do bem comum; equilibrar para tornar coeso o território e as oportunidades;
inovar para liderar e oferecer o melhor em cada tempo.
Jorge Castelhano, Gestor de Hotelaria
É com muito gosto que vejo Aveiro entrar neste processo de candidatura a Capital Europeia da Cultura.
Ser a referência cultural da Europa em 2027 vai impulsionar a dinâmica da cultura, não só em Aveiro como em toda a região. O valor cultural da região ajuda a definir o valor das suas gentes.
É verdade que ainda faltam oito anos, e que muitos dos atuais intervenientes na candidatura podem estar fora do processo em 2027, mas temos que ser responsáveis e preparar um melhor futuro para todos os que aqui vivem e crescem. As condições e equipamentos criados serão usufruídos por todos e os hábitos culturais farão sempre parte do dia-a-dia dos aveirenses. Que o resultado final seja o melhor. Aveiro Merece!
Rosa do Céu Amorim, Diretora Pedagógica
Na qualidade de habitante desta casa, que é Aveiro, o meu sentimento, a propósito da candidatura de Aveiro a Capital da Cultura, só pode ser de enorme regozijo. A cultura (abrangendo patrimónios material e imaterial, história, estórias, costumes, língua, hábitos e tradições) é uma fotografia de quem somos. Em Aveiro, tudo isto é também o resultado da garra das nossas gentes, é a prova do quão únicos somos!
Aveiro Capital da Cultura será a oportunidade de erguer um enorme palco, para nos mostrarmos, para nos orgulharmos ainda mais de sermos aveirenses, para proporcionarmos experiências únicas a quem nos visita, numa legítima procura de momentos indeléveis e vivências ímpares.
Imagino Aveiro Capital da Cultura como o período em que a aposta e o reforço dos investimentos se vão traduzir numa comunidade ainda mais participativa e mais envolvida com a cidade e as suas origens e o seu futuro. A cidade, fervilha e pulsa vitória, como é seu hábito. De ano para ano, requalifica-se e embeleza-se para deleite de todos, numa oferta de serviços excelentes, de valências de conforto e modernidade, de espaços inebriados de luz e ria. Nesta cidade berço de ria, a vida sabe sempre a desafio. Porque aqui é obrigatório sonhar.
Virgílio Porto, Operador Turístico
Cultura é conhecimento e conhecimento é evolução, pelo que não poderia esta aposta ser mais acertada. Aveiro, a cidade da ria, nas nossas ruas e praças recebeu nos últimos três anos o Festival dos Canais, evento que é já de referência neste curto caminho até 2027.
O renovado Teatro Aveirense com um programa cultural e artístico como poucas cidades se podem orgulhar, motiva artistas individuais ou de associações a crescer e a fazer mais. A expressão artística e a oferta hoteleira é uma realidade em crescendo, com uma forte intervenção no espaço urbano, o que nos permite acreditar na vitória desta candidatura.
A vitória de uma Aveiro, não Veneza de Portugal, mas a vitória de uma Aveiro composta por empreendedores que todos os dias lutam pela defesa dos valores e tradições da cidade. O caminho está a ser feito e a próxima opinião será sobre como foi possível a Aveiro ser a Capital Europeia da Cultura nesse ano de 2027.
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