A nova unidade da ASM Industries – ASM Offshore – representa um investimento de 29 milhões de euros, com uma área total de cerca de 72 mil m2, dedicado à produção de plataformas flutuantes para a indústria das renováveis, localizado na zona de atividades logísticas e industriais do porto de Aveiro.
Parte do Grupo A. Silva Matos, fundado em 1980, a ASM Industries é uma Holding dedicada ao fabrico de equipamentos de aço para a indústria das renováveis e marinha, tais como torres eólicas, fundações offshore e estruturas marinhas, com unidades de fabrico estrategicamente localizadas em Portugal.
Com um longo track record e reconhecimento internacional, a ASMI é, hoje em dia, um fornecedor de referência entre os mais exigentes clientes e parceiros na indústria global. No que toca à energia eólica, setor onde a ASM Industries desempenha a maioria da sua atividade, a tendência tem sido também a expansão para ambiente marinho.
“Atualmente, mais de 90% dos parques eólicos em ambiente offshore encontram-se na Europa, com mais de 3200 aerogeradores instalados. Com o crescimento exponencial da população mundial e as alterações climáticas, a energia proveniente de ambiente marinho tem agora uma importância como nunca teve. A produção de energia em ambiente offshore, nomeadamente através da energia eólica, mas também ondas e marés, será cada vez mais relevante, e o papel do mar no futuro da humanidade será fundamental”, segundo Adelino Costa Matos, CEO da ASM Industries.
O caminho da ASMI ditou o nascimento a ASM Offshore. Um investimento de 29 milhões de euros, com uma área total de cerca de 72 mil m2 nasce na Zona de Atividades Logísticas e Industriais do Porto de Aveiro (ZALI). Para Adelino Costa Matos era um “fator crucial uma localização com acesso direto a transporte marítimo, para a receção das matérias primas e expedição do produto final, pois não se torna viável a logística terrestre, numa grande maioria dos casos.” Dadas as valências oferecidas pelo Porto de Aveiro, nomeadamente o acesso direto a cais, a localização numa região altamente industrializada, onde já se localiza uma grande maioria da atividade da ASM Industries, com raízes em Sever do Vouga, a ZALI, no Terminal Norte do Porto de Aveiro, foi a localização final escolhida. “Este nosso investimento, em Portugal, quando tínhamos várias alternativas aliciantes noutros países, demonstra a nossa convicção, que acreditamos no nosso país e na capacidade da nossa sociedade como um todo, e em particular da indústria metalomecânica; significa ainda que a região de Aveiro está dotada de uma capacidade única em Portugal.”, afirma o CEO.
“Esta unidade industrial promove a criação de cerca de 150 postos de trabalho diretos e especializados”
Neste momento, a ASM Offshore em Aveiro já tem as suas instalações concluídas e deu início às operações de testes, que consistem na calibração, comissionamento dos equipamentos produtivos e preparação do “ramp-up” de produção. Está previsto durarem aproximadamente dois meses. “Esta unidade industrial promove a criação de cerca de 150 postos de trabalho diretos e especializados. O forte cariz exportador que terá esta unidade é algo igualmente a destacar. Mais de 90% de toda a produção será para exportação. Queremos ainda ser reconhecidos pela nossa flexibilidade e capacidade de adaptação às necessidades do mercado. Este novo investimento e reforço de capacidade produtiva é a demonstração clara da nossa ambição, mas ao mesmo tempo do nosso compromisso com os nossos clientes, parceiros, fornecedores e com a sociedade que nos rodeia.”, acrescenta Adelino Costa Matos.
É reconhecido o papel e a história de Portugal relacionados com o mar. Ao longo das últimas décadas, “talvez tenhamos virado um pouco as costas ao mar e a todo o potencial económico que o mesmo nos oferece. Hoje é bastante mais fácil perceber esse mesmo potencial e a importância deste setor, no qual a ASM Offshore irá competir a nível global. Para assegurarmos a sua sustentabilidade em particular e catapultar a economia do mar em geral, é fundamental apostarmos na educação e na formação especializada e direcionada.”, explica.
O CEO assegura que “com este investimento, estamos a dar um passo muito importante e a demonstrar à região, ao país e ao mundo que acreditamos nas nossas capacidades e que podemos fazer cada vez mais e melhor.”
Para concluir, Adelino Costa Matos afirma veementemente “queremos sim desempenhar o nosso papel – temos feito e continuaremos a fazer o nosso caminho nesse sentido – na promoção da economia do mar em Portugal, competindo globalmente e demonstrando o valor e a capacidade da indústria portuguesa.”
O que é o WindFloat Atlantic?
O WindFloat Atlantic é um projeto pré-comercial, que consistirá na instalação de três turbinas de grande potência, em ambiente marinho, ao largo da costa de Viana do Castelo, turbinas essas que estarão instaladas em plataformas flutuantes, recorrendo à tecnologia Windfloat, da Principle Power, empresa da qual a ASM Industries é acionista desde 2007.
No ano de 2011, foi fabricado o protótipo WF1, a primeira plataforma Windfloat à escala real, que esteve instalada e em testes durante vários anos ao largo da Aguçadoura, Póvoa de Varzim.
Do sucesso desta fase de testes resultou o avanço para um projeto pré-comercial, que é o projecto Windfloat Atlantic, no qual a ASM Industries desempenha um papel muito relevante no fabrico das plataformas flutuantes, atualmente em curso.
Trata-se de um projeto inovador, conhecido e reconhecido mundialmente, com um enorme potencial de expansão, e que também por esses motivos apresenta-se como um projeto de relevante interesse nacional. O objetivo terá que passar pela replicação destes projetos globalmente, e sempre que possível com a indústria e a engenharia portuguesas.
Este projeto em particular está a ser desenvolvido pelo consórcio Windplus, liderado pela EDP Renováveis, em conjunto com outros parceiros internacionais.
Fonte das Fotos: Litoral Magazine Edição nº2 Junho 2019
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