A Litoral Magazine sugere quatro obras de quatro cidades diferentes para que sirvam de ponto de partida para fazer o roteiro de arte urbana no distrito de Aveiro.
A arte urbana tem vindo a ganhar destaque nas cidades portuguesas e começa a ser comum os municípios apoiarem ações relacionadas com o tema. Estarreja tem um evento exclusivamente dedicado às artes urbanas, o ESTAU, Águeda tem no AgitÁgueda um grande impulsionador deste tipo de arte, e Aveiro, bem como outras cidades do distrito, vai criando ações que contribuem para colorir as “nossas” ruas.
Para quem não está familiarizado com o tema, arte urbana é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público e que engloba todo o tipo de arte criada na rua. O distrito de Aveiro tem a sorte de ter paredes onde os mais importantes graffiters já manifestaram a sua arte. E quando falamos dos mais importantes, não nos referimos apenas aos estrangeiros, destacamos por exemplo o português Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils – considerado em 2015 pela revista norte-americana Forbes um dos jovens com menos de 30 anos que mais se destaca na área em que opera.
Aveiro
VHILS (Portugal) – “Scratching the Surface”
Rua Dr. João de Moura
É o artista português mais conhecido e um dos melhores a nível mundial. As suas obras são imponentes e reconhecíveis à primeira vista. Vhils desenvolveu uma linguagem visual única, através da destruição das paredes, recorrendo a explosivos, ácidos, formões e martelos pneumáticos. O artista explora as camadas do espaço urbano e da sua história. As suas obras estão espalhadas pela Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Macau e Brasil.
Oliveira do Bairro
BORDALO II (Portugal) – “Big Trash Animals”
Rua do Foral
É recorrente mas nós tiramos a dúvida: Bordalo II é neto do artista plástico Real Bordalo e não do artista Bordallo Pinheiro.
Intitula-se como “artivista”, tem atraído olhares nacionais e internacionais com a sua arte feita a partir do “lixo”. Artur Bordalo reutiliza o lixo para dar forma aos animais e deste modo transmitir ao mundo a mensagem da necessidade de mudança de hábitos e da importância da sustentabilidade. No final do ano de 2017, o artista já reaproveitou “artisticamente” 28 toneladas de lixo. Bordalo II conta com obras em Águeda e Estarreja. Em 2017, realizou a sua primeira grande exposição a solo em Lisboa “Attero” (desperdício em latim) e em 22 dias contou com 27.000 visitantes.
Águeda – (Ao abrigo do AgitÁgueda)
SAV45 (Espanha) – “La Salvacion”
Rua cidade Rio Grande Sul – Bombeiros Voluntários de Águeda
O catalão é dos artistas urbanos mais conhecidos de Espanha e tem espalhados por Poblenou, Barbera del Valles, Málaga, Blanes, Lloret de Mar as suas obras mais emblemáticas e imponentes. É recorrente ser convidado expor o seu trabalho em galerias de arte. Em 2018 foi um dos artistas convidados pelo AgitÁgueda a criar um grande mural que tem impressionado os aguedenses e quem visita a cidade e o evento.
Estarreja – (Ao abrigo do “ESTAU”)
MILLO (Itália) – “Weave”
Rua Desembargador Correia Teles 188 (Supermercado Couto)
Millo é considerado um dos melhores artistas urbanos e tem obras nos EUA, Rússia, China, Austrália, Tailândia, Argentina, Chile, Marrocos, Espanha, Alemanha, Portugal, Finlândia, Reino Unido, Holanda, Polónia, Lituânia, Bielorrússia, Ucrânia, Chipre e, claro, a Itália. Os seus trabalhos foram exibidos em Los Angeles, Chicago, Berlim, Londres, Amesterdão, Milão, Roma, Florença e muito mais. Em 2017, concebeu o maior mural da Ásia, em Xangai.
De acordo com C. Jobson, Colossal, “o artista italiano Francesco Camillo Giorgino, conhecido como Millo, pinta murais em grande escala que mostram habitantes amigáveis explorando o seu ambiente urbano. Ele usa linhas pretas e brancas simples com traços de cor quando necessário, e muitas vezes incorpora elementos da arquitetura em suas pinturas de vários andares”.
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