A Câmara Municipal de Aveiro anunciou em nota de imprensa do dia 3 de janeiro que os estudos geotécnicos realizados na zona do Rossio confirmam a ‘possibilidade técnica de construção do estacionamento em cave’.
O estudo prévio do projeto do Rossio aponta para uma estimativa de custo da obra de cerca de 8,6 milhões de euros (mais IVA). De acordo com o anunciado em nota de imprensa, o financiamento será “assegurado por um investidor privado como contrapartida da exploração do parque de estacionamento (será a maior parte do valor), assim como por Fundos Comunitários do Programa Regional Centro 2020”. O estudo aponta para o prazo de execução da obra de 18 meses. De acordo com a autarquia, este documento estará sujeito a um período de audição pública “com diferentes ações e suportes promovidos pela Câmara Municipal de Aveiro”. Até ao próximo dia 25 de janeiro, os cidadãos podem enviar os seus contributos para o email presidente@cm-aveiro.pt.
Conheça algumas conclusões da primeira versão do estudo prévio do projeto de qualificação do Rossio, entregue pelo gabinete de projeto ARX.
1. Parque de estacionamento em cave:
Com capacidade para 263 lugares, “serão reservados lugares para moradores, com uma política tarifária específica e diferenciados dos utilizadores não residentes”.
2. Áreas Verdes:
Pretende-se a “instalação de uma nova estrutura arbórea (mantendo algumas das árvores existentes)”. Dos atuais 6405 metros quadrados de jardim irá passar-se, segundo o estudo, para 6874 metros quadrados.
3. Área reservada a automóveis:
A circulação automóvel vai fazer-se num só sentido “das ‘Pontes’ para o Rossio até à frente do ‘Augusto’, tendo a Rua João Afonso de Aveiro dois sentidos, entre a Ponte de São João e o ‘Augusto’. O objetivo é vir a limitar o acesso ao Rossio apenas pela Ponte de São João, sendo para isso necessário a capacidade da Ponte da Eclusa e da Rua existente entre o Canal das Pirâmides e a Marinha da Troncalhada”.
4. Aumento da área pedonal:
Está prevista a existência de passeios largos junto à fachada urbana, “melhorando as condições de conforto e segurança, assim como a possibilidade de instalação de esplanadas”. A área pedonal junto ao Canal Central e ao Canal das Pirâmides vai manter-se larga, “libertando-se dos obstáculos instalados na faixa de terreno que vai ocupar”. Está previsto ainda uma área pedonal central para eventos, que terá uma “praça pavimentada com betão poroso pigmentado, estando a si agregadas áreas relvadas que se vão somar para a fruição de eventos”.
5. Arqueologia:
A prospecção arqueológica “confirmou a presença das fundações da Capela de São João (do século XVII), tendo sido terminados os trabalhos necessários para esta fase de projeto, ao mesmo tempo que a DRCC (Direção Regional de Cultura do Centro) solicitou a suspensão dos trabalhos por discordar de alguns dos métodos de prospecção utilizados pelo arqueólogo responsável pelo trabalho”.
“O arqueólogo em causa apresentou, em devido tempo, o relatório solicitado pela DRCC, justificando os métodos utilizados e apresentando o estado do achado”. No comunicado lê-se ainda que o achado vai agora ser tapado, para sua proteção, até ao início da sua reabilitação.
“O achado arqueológico da Capela de São João vai ser musealizado, explorando a sua cota de implantação para fazer a relação entre o jardim do Rossio e a cave do parque de estacionamento, instalando-se um Centro de Interpretação do Achado e da História do Rossio (CIAHR), que contará a história de várias vidas do Rossio, tendo como pretexto base os achados arqueológicos da Capela de São João”.
Pode aceder a mais informações e consultar a memória descritiva da primeira versão do estudo prévio do projeto carregando aqui.
Facebook
Instagram
YouTube
RSS