15 curiosidades sobre o São Gonçalinho e as festas em sua honra

Litoral Magazine

6 Janeiro, 2020

Quem é o “nosso menino” como carinhosamente é tratado pelas gentes do Bairro da Beira-Mar e por muitos aveirenses? Fizemos algumas pesquisas. De entre o publicado na Mordomia de São Gonçalinho e em outros locais, compilámos a informação em 15 curiosidades sobre o santo que dá nome e motivo às festas que se celebram de 9 a 13 de janeiro, em Aveiro.

Nasceu em Tagilde, freguesia portuguesa do concelho de Vizela em 1190;
Estudou rudimentos com um devoto sacerdote;
Frequentou a escola arqui-episcopal de Braga;
É o santo português mais devotado depois do Santo António de Lisboa, principalmente no norte do país;
É considerado beato pela igreja Católica, conhecido como São Gonçalo de Amarante e em Aveiro carinhosamente tratado por São Gonçalinho;
É também muito popular no Brasil, onde existem três cidades chamadas “São Gonçalo de Amarante”;
São Gonçalinho terá vivido em Aveiro, onde conquistou a fé dos habitantes do bairro da Beira-Mar, que a ele entregavam a sua sorte quando saiam para o mar. O seu rosto, jovem e risonho, fizeram dele o eterno “menino”;
Ficou conhecido por ser um santo casamenteiro e por curar doenças relacionadas com os ossos;
São-lhe atribuídas outras características como folgazão, rapioqueiro, brincalhão, medidor de conflitos, dançarino, hábil a tirar os encravanços de peitos sofridos, eficaz na eliminação das verrugas das almas encarquilhadas de dor ou das maleitas dos corpos enfermos. Goza da fama de procriador dos desgraçados mais tímidos ou encalhados;
Quando uma promessa não é cumprida ou perante faltas de respeito há quem diga que é vingativo;
Durante os dias das festas pagam-se promessas a São Gonçalinho com a tradição de atirar cavacas doces do cimo da capela, enquanto centenas de pessoas as tentam apanhar. São usados camaroeiros na ponta de varas ou chapéus ao contrário para apanhar as cavacas;
As cavacas podem ser de dois tipos: redondas e relativamente moles, para serem comidas ou alongadas e muito duras, para serem lançadas do alto da capela;
Há a “dança dos mancos”, um ritual feito por um grupo de homens que se fingem de mancos e que se movem dançando ao som dos cantares que ecoam na capela;
Outro ritual da festa é a entrega do ramo que se realiza ao fim da tarde no interior da capela. Trata-se de um ramo de flores artificiais, conservado há muitos anos com religioso carinho;
É a Mordomia de São Gonçalinho, constituída por um grupo de homens, que com o apoio de empresários devotos, gentes do Bairro da Beira-Mar e aveirenses e da Câmara Municipal de Aveiro, organiza todos os anos a festa.