100 anos de Mário Sacramento: uma homenagem ao eterno ‘médico dos pobres’
Mário Sacramento faria 100 anos hoje, dia 7 de julho. Pelas 12 horas será homenageado pela Câmara Municipal de Aveiro no número 50 da Avenida Dr. Lourenço Peixinho.
Nesta homenagem, a autarquia vai proceder ao descerramento de uma placa alusiva à data.
“Neste centenário, é importante, talvez mais do que nunca recordar o seu percurso, a sua obra, como faróis de democracia, tolerância e liberdade”, afirma Vasco Sacramento, neto do tão aclamado “médico dos pobres”. “O meu avô sempre acreditou que o cosmopolitismo não dependia do sítio onde se nascia ou onde se vivia e fez questão de se manter toda a vida em Ílhavo e em Aveiro, terras que amava incondicionalmente”.
De acordo com o Diário de Aveiro, Mário Sacramento:
- Nasceu em Ílhavo em 1920 e faleceu em 1969.
- Realizou os seus estudos secundários no Liceu de Aveiro, no qual foi ativista estudantil, razão pela qual foi preso.
- Aderiu ao movimento de resistência democrática ao regime do Estado Novo.
- Foi membro da comissão central da organização de juventude do Movimento de Unidade Democrática (o MUD Juvenil), o único oposicionista tolerado pelo regime, no qual se congregavam todas as correntes da oposição democrática.
- Secretário-geral e principal obreiro da comissão promotora do Primeiro Congresso Republicano (1957 em Aveiro) e liderou a organização do II Congresso Republicano.
- Matriculou-se em Medicina na Universidade de Coimbra e licenciou-se em 1946 depois de ter frequentado as escolas médicas do Porto e de Lisboa.
- Publicou diversos ensaios sobre a obra de escritores como Eça de Queirós, Moniz Barreto, Cesário Verde, Fernando Namora e Fernando Pessoa.
- Colaborou com vários jornais tais como ‘O Diabo’, ‘Sol Nascente’, ‘Diário de Lisboa’, ‘Vértice’ e ‘Mundo Literário’.
- Foi o principal teorizador do movimento neorrealista em Portugal.
- Travou um debate com Mário da Rocha sobre o papel dos católicos e do movimento eclesial na evolução política portuguesa (Frátria Diálogo com os Católicos).
- Foi detido cinco vezes pela Polícia Política do Estado Novo (PIDE).
“O meu ofício, a minha arte, é a vida – mas é, em primeira fase, a vida dos outros”, a eterna frase de Mário Sacramento.
Fonte da foto: Oilhavense
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